Vivia seus tempos de glória. Pra quem o visse, para quem estava de fora, podia não ser seus tempos mais certos. Mas era seu tempo de glória.
Ela havia aparecido para ele na hora certa. Era o caminho errado para se seguir enquanto havia tempo de andar pelos desvios. pelas praças, pelas bebedeiras, pelos maus caminhos. Ela o acompanhava em tudo. Haviam sidos feitos um para o outro. Um para o momento do outro.
Viviam um amor incomum, um amor repentino. Uma admiração mútua e inexplicável. Estavam sonhando acordado.
Era uma tarde de primavera. De sol ou não, pois nada pode se esperar do sol na cidade de Curitiba. Ela lhe apareceu como uma criança a sorrir. O clima, o lugar, ajudou. Ela estava em seus domínios, comandava a situação e se mostrava para ele sem os muros que o lado de fora das pessoas podem ter. Ela também o admirou, como o futuro o mostrou quando se deram adeus.
Se encontraram, ele errando como sempre. Ela com a paciência de quem ama às cegas. O amor é às cegas. Se passaram tempos, não precisam se esconder um do outro. Eral amados pelos erros que eram. Pelas faltas de tato com situações, pelas risadas fáceis.
Ela logo o conquistou. Conquistou territórios com um sorrisso certo. Sabia cativar as pessoas.
Era 90 e eu ainda não sei falar de fim.
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