segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Certo dia acordo sonhando

Futebol, paixões, amor
Bolacha Wafer ou bombom de licor
Tardes frias de sol
Vida a sós

Familia, carro, estrada
Pessoas que saida e outras de entrada
Festas caras e festas baratas

A vida inconstante, as ferias de junho
As cartas escritas, as de proprio punho
Querendo invertar a roda

Não sei masi  o que me alegra
Mas desconfio que tenha pintas

sábado, 17 de novembro de 2012

Calendários

A gente não quer só comer
Que escovar os dentes
Rir
Gritar

A gente não quer só beber
Quer ver o sol
Não quer só amar

A gente não quer só comer
Diversão
A gente quer opinar
Xingar a mãe

Esperar a próxima brecha

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Ninho

Meu primeiro pedaço de bolo
A minha mensagem de bom dia
Quem eu quero na minha cama
Quem eu quero na minha pia

Meu amor de primavera
Outono, março ou verão
O sonho de crianças
Poesia e canção

É amor de cego
Na chuva ou no escuro
O abraço sincero
que arranco do muro

É o olhinho que quero de ninho

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Sem graça

Aquela outra poesia de amor
Eu escrevi pra voce
Mas já passou eu sei
Cansei

Cansei das flores, dos pães
Das conversar sobre o sol
Sobre o Discovery Kids

Não fui eu que mudei
Continuo o mesmo
É voce que se apaixonou
Perdeu a graça

Acre

Hey
Doutora aí de Norte
Me passa uma receita bem forte
Pra curar do tédio
Da quase morte

Hey
Doutora de caduco
To olhando para o cuco
Esperando maluco
Você voltar de bike
E tenis nike


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Cadê?

Que você é loca
Doida chapada
São coisas antigas
Águas passadas

Que você não está
Nem aí pra mim
Até que eu sabia
Que era assim

Mas voce sumir
Sem nem dar adeus
Não tava nos planos
E agora meu Deus?


quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Seja minha

Seja minha caralho
Te quero na cama
Jogando baralho

Seja minha
Na porta da igreja
Mas não pra casar
Seja minha na praia
Na areia e no mar
Seja minha mas não pra namorar
Seja minha e só
De batom e pó
Seja minha tirando fotos de espelho
Seja minha 
Não ligo

Novembro chegou
Mas voce nem ligo
Não me deu boa noite
E minha noite foi ruim

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Para ir para Guarapuava

Comprenderei
Amargurado
Esse teu lado
Dark

Esse teu sorriso longo
Pouco assanhado
Essa tua escolha
De amar ao passado

Sentirei-me querido
Pretendido
Sentirei-me amado
Desejado

Mas embarcarei para Guarapuava no primeiro trem se me chamares.

Era tarde

Pensou em morrer
Ou conhecer a janela
Descobrir um filme na TV

Não tinha mais tempo
Desacreditada no amor
Jogava jogos e escrevia livros

Resolvera trancar-se as noites para não mais aparecer
Pensara nas vezes que fingiu gostar da vida
Era noite e ninguem voltara, ninguem havia ligado para comer um Mc

Era tarde, e a internet sumira
Ninguem mais ligava para isso
Para ela

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Uma bomba relógio

Mentiras, trapaças, frases de efeito
Amores a torto e a Direito
Cursos, modas, conceitos
As coisas não saem do jeito

Hum filme a dois
Um Mc a sós
A vida num canudo

As coisas sairam do controle pai
Mas não é que eu não queria
è que eu achei que seria outra a magia
Que eu sairia vivo

As manchas na cara poderam volar a aparecer
Ou estarei feliz como nunca
Só depende de mim, e do Atlético talvez

Falo dos outros, mas as vezes faço como os que fumam naguile com alcool de posto

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Valeu

Obrigado por voltar a fazer
O meu coração bater
Mesmo que apertado
Por fazer me sentir retardado
Maluco
Ao teu lado
Doido alucinado

Por voltar a me fazer te ver em toda esquina
Atravessando na faixa
Ou fora do ar
Esperando voce passar na minha rua
Gargalhando desesperada por um amor

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A carta de partida.

Olá linda,

Vejo que o cancro mole já não lhe judia mais
Que parastes com a sangria indesejada
Que voltastes e se esfregar em glandes amigas
E inimigas

Alegro-me tambem em saber que curastes da hemorróida
Que ganhastes ao cair em lábia alheia
Após tanto eu pedir-lhes tal clemência e desejo

Deixo-te, infelizmente
Pois o dever me chama ao Mato Grosso
Eu que lhe fui tão amoroso

Deixo-te minha saudades

Beijo

Fim

Cadê você na minha vida
Na minha história
No meu livro
No meu marca-paginas
No meu marca passo
Marcando os meus passos
Marcando meu rosto com tuas lágrimas de saudades
Cadê eu em você
Aquela vontade de me ter
Cadê as tardes

Cadê você me enrolando
Me fazendo andar em falso
Cadê a pizza que eu pedi pra nós
Que comeríamos vendo aquele filme
Que não chegaríamos ao final
Que nem comentaríamos o fim

O fim

sábado, 13 de outubro de 2012

Menos minha

colorida
de mente
não conhece
não sente

pequena
feliz
encosta a lingua
na ponta do nariz

é meiga
faz bico
na balada
é mico

é magra
é santa
quando sorri
encanta

é loque
é porra loca
é smel
na boca

é tudo
menos minha



sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Das Pimentas

Não ha mal maior
Que o amor
Que contradição

Não há amor maior
Que amor de agora
De amar freneticamente

As bandas de rock
Seu cheiro
Seu cabelo
Tudo passa como passam as flores da primavera
Como passa o verão

Tudo passa, mas as marcas ficam
As tardes de amor
Elas não existiram
Melhor assim

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A gente

A gente ama deita chora
Como caqui com amora
Quando a noite
Agente esquece onde mora.
Sente cheiro do abraço
O carinho no amasso
A gente fode
Se estraga
Esquece o aniversário
Taca fogo no armário
A gente é foda
Não sei de moda
Cospe fogo
Se esquenta

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Do Peito

Peito chora
Escorre sangue
Dói na memória

Peito pulsa
Bate forte
Busca um norte

Peito dói
Morde e aperta
De peito e porta aberta

Peito escorre lágrimas
E se recicla
Limpa

Suspiro

Eu suspiro
Suspiro por que dói no peito
A lembrança dos nossos momentos
Dos nossos shows particulares
Quando parecíamos vivermos para nós
Suspiro para desamarrar os nós
Tentar relaxar
Ficar de boa
Viajar o mundo com você
Ou sem
Te encontrar mais além
No fundo do poço
Ou em cima do palco
Ou em cima de mim
Bem perto do fim
Suspiro por não dizer que te amo
Pois sou quieto

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Puto

Meu Deus será
Que voce me deixou
Será que alguem te ligou
E voce o amou

Meu Deus não pode
Fiquei de bode
Será que é ele no seu I-pod

Caraca! Absurdo
Eu devo estar mudo
Quando eu disse tudo
Fiquei carrancudo

Fiquei puto

Sim

Se me fostes, tão bela
Minha
Não seria tão sozinha
Quanto quero parecer

Se não fostes tão inquieta
Tão falante
Serias ainda ainda minha meta
Meu novo instante

Se fostes minha
Escreveria
Musicas, cartas e poesia
Sem métricas, só com tuas curvas

Se eu fosse teu relento
Tua vida
Viveríamos só no vento
Estando sempre de partida

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Olhos

A rima acabou
O sol se baixou
O rio secou

O rua fechou
O mar acalmou
O tempo passou

O livro cessou
O noivo casou
A lua minguou

O Amor?
Transborda os olhos

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Dieta Alimentar

Potássio Potássio
Eu preciso de potássio
Preciso de potássio no meu feijão
Espaço espaço
Quero espaço cheio no coração

Potássio Potássio
Tem na banana e no pão
Potássio tem na Laranja
Mas na Lima não

Sem potássio na vida
A qualidade cai
Potássio eu não como
Em homenagem ao meu pai

Balarotti now.

Estava escrito
No saco de pão
Que ela se foi
Te deixou na mão

Estava a mostra
Pela janela
Que a noite caiu
E ninguem é dela

Estava grafado
Em folha timbrada
Que aquilo tudo
É coisa passada

Estava alí
Na fechadura
Que o amor acabou
E a vida é dura

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Sono

"oi"
Filha da Puta
Panaca
Juvenil

Me faz de piranha
Magoou meu ego
Me fez me sentir um lixo.

"oi"
 "estou com sono, vou dormir..."

Eu cansei de explicar o obvio
Meus dedos não mais tremem
E não mais merecem se desgastar em noites maus dormidas
 Vou usa-los para amar

"boa noite"

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Precisando de Vento

Tempo tempo
quem te inventou
Estava com tempo

Tempo tempo
Mano velho
Senhor da Razão

Tempos atrás
Ficava do vento
Olhando pro mar
Buscando lamentos

Era tempos de amor
Era tempos de ócio
Tempo tempo
Voce me dá ódio

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Do amor nos tempos do face.

"Oi"
(horas...)
"Oi"
(horas...)
"Oi"
(excitação)

Faz tempos que te vejo
Viradas de tempo
Conversas apaixonadas
Passeios no parque
Fim

"Oi"
(anos depois)
"Oi"
(??? "Surgiu das cinzas")
"Vamos nos ver? Saudades"

Sabe. Estive pensando. Eu tinha vários motivos para não estar aqui.

A Igreja Católica Apostólica Americana


Padre Quintino, pároco da Denodada Vila de Itaparica, pessoa grave e circunspecta como convém a seu ofício, anda vestido de padre mesmo. Hoje em dia a gente só vê padre de camisa esporte ou bermuda e, para o sujeito que foi criado no tempo de padre tonsurado e de batina, fica difícil a adaptação. Quan­do aparece um padre desses, a gente tem que apelar forte para a racionalidade e vencer a certeza emocional de que aquele ca­marada com pinta de galã de cinema mexicano não é padre. Chamar de “reverendo”, então, é uma dificuldade: reverendo tem que estar de batina. Mas eu chamo, procuro não ficar ve­lho, adaptar-me aos novos tempos.
Padre Quintino, contudo, é um consolo, porque é padre mesmo, no duro, desses de confiança, que não aparecem sem o colarinho clerical e muito menos de sunguinha na praia do Jardim um reverendo indiscutível. E não se diga que é por­que é padreco do interior, pois ele é cosmopolita. Sim, senhor, só Itaparica para ter dessas coisas: porque padre Quintino é americano, americano legítimo, nascido nos Estados Unidos, com passaporte e tudo. Entretanto, não fala inglês, a não ser um ou outro “how are you?”, assim mesmo com um sotaque italiano carregadíssimo. Sim, porque a língua dele mesmo é italia­no e quem o ouve falando português pensa que está num piquenique no Ibirapuera. Não tem nada de americano, é italia­no mesmo. São coisas da nossa ilha, sempre fomos originais em tudo.
Na verdade, não tenho nem o direito de me meter nes­ses assuntos, porque sou mau católico, um péssimo católico, aliás. Nem sei mesmo se posso ser considerado católico, ainda que péssimo, pois tenho dificuldades em aceitar o magistério da Igreja faço força, mas é difícil. E tampouco vou à missa (padre Quintino, que batizou minha filha Chica e me consi­dera um homem de grande fé eu chorei no batizado, vejam que coisa ridícula sempre me convida, mas eu não vou), co­mungo ou cumpro qualquer das obrigações que me caberiam como católico. Mas, afinal, fui criado como católico, batizado, crismado, comungado e jamais vou poder desvencilhar-me da herança afetiva e cultural que me veio com a formação re­ligiosa católica. Quer eu queira quer não, apesar de meio herege, não posso deixar de me sentir vinculado ao catolicismo.
É por isso que tomo a ousadia de dar penada num as­sunto que me preocupa. É um problema com os americanos. Americano é danado, como sabemos, e, por conseguinte, faz medo o que muitos deles querem da Igreja, ou seja, transfor­má-la numa espécie de clube democrático. Todo dia a gente lê uma novidade no jornal, uma tal crise nas hostes católicas, às vezes porque mulheres querem rezar missa, homossexuais querem casar na igreja, feministas querem que a Igreja apro­ve o aborto, padres querem casar e suas mulheres usar a pílu­la e assim por diante.
Está certo, todo mundo tem o direito de reivindicar o que considera justo, mas o negócio está exagerado. Para começar, religião não é democracia, nunca foi nem pode ser democracia. Deus não foi eleito e quem acredita nele dentro de uma estrutura doutrinária, como a da Igreja e do cristia­nismo em geral, tem de acreditar sem discutir discutir é outra transação. Nem a Igreja cujo Estado-sede é uma monarquia é democrática, nem é assim que funciona. No dia em que os dogmas da Igreja puderem ser alterados como numa convenção do Partido Republicano, elaborando-se uma plataforma “por vontade da maioria”, então não é Igreja: é clube.
Malissimamente comparando, isso me lembra um fe­nômeno causado pelo turismo na Bahia. O camarada queria voltar para sua terra e contar que comeu uma tremenda moqueca de lambreta (marisco que dá muito aqui, cujo nome antigo era cernambi, mas virou lambreta não sei por quê) no mercado Modelo, regada a legítima cachacinha do Recônca­vo. No entanto, quando via a moqueca, achava sua aparên­cia feia e seu conteúdo pesado; quando bebia a cachaça, acha­va-a grosseira e forte demais; quando escutava a barulheira do Mercado, achava que não podia comer sossegado. Então, para essa gente que quer comer moqueca nas não gosta de moqueca, passou-se a fazer “moqueca” sem azeite de dendê e, possivelmente, moqueca de lambreta sem lambreta. As ca­chaças, para quem quer dizer que tomou cachaça, mas não gosta de cachaça, também passaram a ser umas garapas ado­cicadas e horrendas. E assim por diante, numa maluquice di­fícil de conter.
Agora essa turma quer ser católica sem ser católica. Fico imaginando um sujeito que nunca tivesse ouvido falar de re­ligião alguma e resolvesse escolher uma.
E esta aqui? perguntaria ele a seu orientador.
Ah, esta aqui é muito boa, muito tradicional, muito antiga, é uma boa opção.
Ah, é? Então como é que é ela? Dê uma dica aí.
Bem é uma religião organizada em torno da autori­dade hierárquica e doutrinai da Igreja Católica Apostólica Romana, sob o comando do papa, que é infalível em questões de dogma. Não admite o controle da natalidade por qualquer contraconceptivo, seus sacerdotes não casam, suas monjas também não, é contra o aborto, não admite o divórcio, obriga ao comparecimento à missa etc. etc.
Ah, ah, muito bem, eu quero essa. Quero ser católico, achei bonito. Quero até ser sacerdote. Agora, sem essa de não casar, isso não tá com nada. E por que não pode a pílula? O aborto em certos casos tem de ser admitido também. E essa besteira de não poder divórcio? E blá, blá, blá...
Ora, com tantas religiões por aí que podem abrigar to­das ou a maior parte dessas convicções, por que é que ele quer ser católico? Religião não é feita de encomenda, pela ordem do freguês; religião é religião é assim e está acabado. Como é que fica mudando o tempo todo? Se o sujeito quer fazer “cer­tos abortos” e não pecar, procure uma religião que admita esses certos abortos, com a conseqüência de que ele deixa de se sentir pecador. Agora, o que não pode é sair mudando tudo que avacalhação é essa? Padre não pode casar e está aca­bado. Pastor protestante pode. Logo, padre casado não é pa­dre, é uma espécie de pastor protestante, com seu ramo parti­cular e individual de protestantismo. Fico imaginando um judeu “inovador” que insista em servir presunto, bacon e lin­güiça de porco numa festa ortodoxa. Judeu ortodoxo não pode comer carne de porco e está acabado, assim como muçulma­no não pode beber álcool e está acabado, assim como protestante não reza para santos e está acabado. Protestante que quer venerar santos e ter imagens em casa é mais católico do que protestante e por aí vai.
Mas eu tenho medo deles, eles são danados mesmo e não acho impossível que, daqui a pouco, estejam propondo e conseguindo realizar o impeachment do papa. Só o sujei­to se benzendo. Acho até que hoje eu vou dar um susto em padre Quintino e aparecer lá na missa enquanto ainda tem missa.

(31-03-85)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Bons tempos de alvorada.

Alvorada Alvorada
Por que deixaste Curitiba
Ficou com medo dos mendigos
Das pedras da Madrugada

Alvorada Alvorada
Do meu sonho de ano
Tua roda-gigante
Teu chapéu mexicano

Fostes esquecido Alvorada
E nem na memoria você ficou
Em breve estaras escondido em prédios altos
A cidade cresceu e não tem mais tempo para brincadeiras

Mas ainda se sente colorida





sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Sempre mais do mesmo.

Somos um cidade tradicional. Uma das capitais mais ricas do Brasil. Estamos hoje entre as 5 que tem o maior PIB entre as capitais. Mas nossos pais ainda perguntam o sobrenome das pessoas e volte e meia se conhecem, estudaram juntos ou jogaram contra.
Somos uma cidade que não gosta do novo. Somos criticos. Por isso muitas empresas de marketing "testam" seus produtos por aqui antes de lançarem no mercado.
Tenho 26 anos. Eu NUNCA vi uma oposição chegar perto do inabalável Jaime Lerner. Eu não vi o Jaime Lerner ser prefeito. Eu lembro de um cara simpático, muito mais simpatico que qualquer outro politico, que era governador. Quando eu era criança o Rafael Grega era prefeito. E Curitiba era fodona. Inventava tudo, até a xuxa encerrava novela por aqui! O Clodovil tinha suas noites de Gala na CNT no palacio do lago, todo de vidro. Eu tinha orgulho daquilo, por que eu era uma criança e classe média e minha professoras tinham orgulho de cantar "SE-PA-RE". Éramos uma cidade européia.
Eu, quando criança, nunca imaginei que Curitiba poderia ser governada por outra pessoa que não a indicada pelo Jaime Lerner.
Parece que hoje em dia ainda não será. As mesmas pessoas se instalaram no poder de forma de hoje uma convenção de partido virou eleição municipal. Dos quatro candidatos que despontam, não vejo nenhum que signifique algo novo, queira pelas alianças, queira pelo nome.
Para mim, esses quatro candidatos representam as mesmas pessoas. Me parem que moram nos Castelos do Batel e de lá administram tudo e a todos. Não são tiranos. São déspotas esclarecidos, oras! Em Curitiba, a pesar de nos ultimos anos algo ter falhado, se pensa muito em educação, em moradia. Se planeja a cidade, se coloca as industrias fora do centro, se coloca os miseráveis para não mais morarem dentro dos barracões de fábrica, mas perto deles. Pelo menos conseguem ter uma familia, sua casinha própria, e não enche o saco dos proprietários de predios vazios no centro. Os níveis de poluição na CIC são altos, mas os trabalhadores aguentam.
Não sou curitibano, mas convivo com muitos. Eu sei como é dificil trocar a marca do Leite. Talvez se de graças a deus que essa empresa não vá mais falir. 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Da cidade

Caminhar pelas ruas
Um papo um cheiro um olhar
Um sorriso uma brisa
Da estrada predio ou mar

 A fumaça é cinza
O dinheiro é pouco
Eu pareço tranquilo
Mas grito como louco

Me conheço a cada dia
E as vezes me espanto
Tenho um monte de amigos
Mas vivo largado no canto


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Cautela

Tudo para não ligar
Para não saber do fim
tudo para não mostrar-se afim

Não mostrar que sofre
Madrugadas a dentro
As vezes que pensou em beber cianureto

Esconder as lagrimas em algodão
ou dentro do colchão
Parar de imaginar sua mão

Mas a saudade é um bicho que corroi o cerebro
E ele é traiçoeiro




quarta-feira, 25 de julho de 2012

Aquela do Sol

Se juntar os meus rabiscos
Não vai dar nem um só livro
Vai dar em rio seco

Se guardar as minhas fotos
Vai ver que o sol judia
Vai ver que eu sorria
 
Se contar os meus amores
vai perder a graça
vai virar piada contada de traz pra frente

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Cotidianamente

Tudo como antes
Tudo ao contrário
Desde o remendo do carro
Até a bagunça no armário

Tudo como certo
Mesmo sem noção
O grito da esquina
A rua contra-mão

A dor na cabeça
A vontade de partir
O medo do novo
O Chorar e o rir

As linhas e as tortas 

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Dias

Tem dias que a gente acorda
Com frio e com medo
Tem dias que a gente acorda muito cedo

Tem dias que a gente sonha
Que não fica acordado
Tem dias que a gente dorme de lado

Tem dias que o sol não aparece
Tem dias e tardes que são vazias
Tem dias que a gente escreve poesias

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Abaixo

Abaixo
Acima
Ao Alto
Não tá vendo que é um assalto?

Abaixo a tudo
A mim e a todos
Abaixo ao tsunami de Kosovo

Abaixo ao sal
Ao pós e ao pré
Abaixo à quem anda de ré

Abaixo a Usina
Ao Belo Monte
Abaixo aos nordestinos

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Mundo

Troco ou soco
O mundo pirou
Te viu chorando
E não te abraçou

Te fez parar
Parar de pensar
Ganhou dinheiro
Parou de gastar

O mundo pirou
Seu carro quebrou, alguem te vaiou, você não aguentou
Mas não chorou

Foi ler 4 livros
Precisa crescer
Sua filha passou

Foi pau
Foi pedra
Sobre moeda

Ja parou pra pensar pra dentro?

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Só me faltava essa....

Não sei o que fazer
Minha TV não pare de gemer
Não sei mais desligar
E ela não para de chorar

Agora fudeu
Meu Facebook virou ateu
Vive emitindo parecer
Meu Facebook tá querendo enriquecer


Não sei o que rolou
Acho que andei esquecido
Ou o mundo caducou
Eu sou eu que to perdido

Só me faltava essa.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Hoje vôo

Te ofereço meu amor
Ou um papel almaço
Uma flor inteiroa
Ou picada em pedaços

Te ofereço a vida
Minha escova de dente
Um café amargo
Ou uma aguardente

Aguardei 10 anos
15 talvez
para viver meus sonhos

Aguardei a vida
Mas passou a vontade
Hoje vôo

quinta-feira, 29 de março de 2012

Mimimí! (entenda-se Maísa Cardoso)

O amor tem cheiro

É um pedaço de cabelo
Um ranger de dentes
O Amor é pra doentes

Vem de dentro
Do olhar de desdem
Vem do além

O amor é um café com leite
Um ficar no leito
O amor é feito

Bem feito

terça-feira, 27 de março de 2012

Parabens 319 anos

Curitiba não é do Samba
Não é do Salgueiro e nem da Realeza
Não é Mó Cidade Alegre
 Nem dos academicos ela é
Dos do Centro ou Parolim
Não é academicos do começo ou dos do fim

Curitiba não é rock
Não é pimenta, chocolate
E nem é a terra do mate

Não é da bike
Não é da Nike
Não é das Flores

É Mordida e Sabonetes
E Guaíra e Paiol
É muita coberta por cima do Lençol

Não é do CAP e nem do Coxa
Ela não é do Ipê
É ir sempre no Madero
Ou não ter o que comer

Curitiba, Não sei
Não é terra de ninguem
É chame, é chulo
É um pular de muro

Não é mais pedreira
Mas ainda é Barigui
É Gaucho e Espanha
É Tanguá e Tingui

É comida japonesa
É churrasco e leite quente
É pinhão e quentao
Na praça Tiradentes


De vermelho ou cinza
As vezes de amarelo
Mas pelo centro é branquelo

Curitiba não é Konká
Não é do bonde, nem do Role
É feita de gente
É você.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Voltei

Amor voltei
Me seja bem vinda
Me seja completo
Me seja o ainda

Amor amor
Te lembro mais linda
Te sinto querida
Te vejo mais minha

São aguas passadas
A ferro quente
É brisa perto da gente

Amor acordei doente
Por você

segunda-feira, 19 de março de 2012

Vem chegando o Invernão

Tá que tá
Se preparando pro chá
Comprando lenços para prantos lentos

Tá que tá Cidade
Sorrisso
Lavando suas mantas no Rio Belem
Desescondendo os gorros

Seu Coração no lago sente falta
Do gelo pela manhã
Da fumaça humana

Curitiba
Você não engana

quarta-feira, 7 de março de 2012

Descrição para ICQ

Não gosto de iogurte
Na verdade não dos de shopping
Prefiro os de geladeira

Gosto de andar sozinho
Não que eu ande
Sempre alguem está me ouvindo
Alguem que mora no meu cérebro

Gosto de responder perguntar que eu mesmo me faço

E não gosto coisas erradas
Por que nunca sou eu que as faço
As que eu faço são divertidas
E certas por algum ponto de vista

Eu gosto de conversar bobagens
Vivo viajando no lugar
Eu gosto de rir

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Fato

Saber cantar
Saber chorar
Ler, escrever, amar
Saber a hora de esperar

Planejo rever meus antigos contratos
As cenas, os delírios
As partes que forcei a barra

Vou voltar a ligar
Dar bola pro acaso
Vou mergulhar mais fundo

Mulher
Os termos jurídicos me mancharam idéias

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Das idéias esparças

É que não me faz sentido
Ou talvez o sentido fuja
Não seja o ideal para o momento

É que é trabalho em grupo
E você não está a par
Você entra e nem sabe jogar

As musicas que tocam
Os barulhos que ficam
As pessoas que falam
Que ficam e não vão

É de se olhar pelo vão
Pelo buraco do não
Para ver o belo ainda feio

É começo-fim e meio
É um saco cheio
De ideias 

domingo, 29 de janeiro de 2012

Eu te amo familia

É da saudades do mar
Ou talvez de você
É da vontade de ficar
Em casa vendo TV

Jogar a vida e papos fora
Em cartas de baralhos
Ou em beijos demorados

É saudades do simples
Do que faz a vida
Do que faz o amor transparecer
O amor que nunca é falado ou festejado

Eu não quero que você se vá
E meu susto foi enorme
Me desculpa se não me preparo para não dar sustos
Tenho que melhorar

É saudades do mar
Do rio
Que a tempos não deslumbro com você
Quero de novo fazer

Talvez seja só o Domingo que acaba em lágrimas
Por que elas não querem te machucar
Eu juro que não