quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Quando eu era criança.

O dia das crianças, e uma aula na qual eu viajava pelos mundos diversos, me fizeram penar em escrever sobre os tempos em que criança eu era. Eu tento acreditar que não faz muito tempo que criança eu era, a pesar de fazer muito tempo.

Quando eu era criança, e pelo que eu me lembro não por lembrar mas mais pelo que eu leio e ouço, fazendo relação com imagens que talvez eu invente, as coisas eram muito diferentes.

Já estive conversando isso com alguns amigos meus. Quando eu era criança, a pesar de não parecer, a pesar de as pessoas que naquela época viviam não se darem conta disso, todo era muito mais dificil.

Na época que eu era criança, comunista comia criancinha. A palavra "Lula" não fazia parte do mundo dos desenhos animados engraçadinhos. Quando eu era criança o Lula era malvado, queria espalhar o terror. Fazia ele parte de um partido vermelho sangue, representante de um partido de trabalhadores. Trabalhadores esses que morriam de medo do Lula.

Quando eu era criança eu aprendi uma palavra chamada inflação, E ela não era um bichinho verde que assustava a presidenta em charges de jornal. Ela assustava no bolso. Eu não tinha dicernimento de saber o quanto ela me afetava, mas pelo que me dizem, deve ter feito pais chorarem no canto, escondido dos filhos para não espalhar o medo. Quando eu era criança não era facil viver bem. Mas eu vivia. Meus amigos de colégio também viviam. Viviamos bem por que comíamos, ganhavamos coisas que gostávamos e em data certas. Os ricos viviam melhor que nós, e ganhavam coisas um pouco a mais que nós.

Quando eu era criança, celular era pesado. Quando eu era criança meu pai teve um celular que durou 5 anos. Ele perecia um olhelhão móvel. O celular, não meu pai.

Quando eu era criança o Natal era tão mágico, mas tão mágico, que não parecia um jantar de familia. Para mim no Natal as pessoas não diziam "Feliz Natal" como se diz um feliz dia dos pais ou um parabens. A palavra Natal era mágica, e brilhavam estrelas quando ela era dita.

Significante é como essa coisas pequenas perdem o sentido quando "grande" ficamos. Nos falta muitas coisas quando grande somos. Dinheiro, amigos, felicidade, amor. Mas talvez o que mais nos falte é o que menos queremos. Inocencia. Inocencia para acreditar em Noéis, em bruxas, nos outros. Inocencia em acreditar que estamos cantando bem, que não há inveja em nós, que não há inveja nos outros. Inocencia em amar sem se importar em ser amado, ou acreditar ser amado sem ser.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Niver 1

26
123
eh chegada a minha vez
de fazer o que quero

26
e vocês
continuam chorando
ou desistiram de vez

26
e você
triste outra vez

passei na sua rua
continuo achando que você vai atravessar a rua
De bicicleta, a pé
E eu vou fazer de tudo pra te tirar a vida