segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Se soubesses.

Ai
se você soubesse o quanto eu te olhava
Morreria de medo

Não acreditaria que eu olhava pra você
Se esconderia atrás de seu pircing, seu sapato amarelo

Mas ah se você soubesse
Que eu ouvia teus lábios à distancia
imaginando me falar bobagens num domingo sem sol

Se você soubesse o quanto esperei
Pelo momento que agora terei
Choraria como eu chorei

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sushi - Tulipa Ruiz

Pensei estar sendo esperta
Ao te dar meu coração
Falhei, deixei porta aberta
Você alegou: “foi rejeição”
É isso que dá contar com o certo
Nem sempre o amor se encontra tão perto
Cheguei a uma ilha deserta
A um atalho contramão
Eu sei que a resposta correta
Pode não ser a solução
Viver a teu lado não dá futuro
Fiquei deslumbrada a princípio, eu juro
Então vem, chega mais perto
Devolve já meu coração
Que tal sair deste aperto
E decretarmos solidão a dois
Querido, é mais fácil vivermos solteiros
Em festas confusões
Querido, é mais lindo juntarmos dinheiro
E embarcarmos pro Japão
Sushi, chá bar
E esse seu jeito de falar
Cantar, dançar, olhar pra mim
Viver é não ter que transplantar…
Doar sangrar trocar chamar pedir mostrar mentir falar justificar no cais chorando não sou eu quem vai ficar dizendo adeus batucada macaco no seu galho da roseira em flor da laranjeira amor é choradeira horror a vida inteira à beira da loucura e a dor e a dor e a dor e a dor…

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Viagem em mão dupla por um caminho sem volta.

Mas por que você foi embora
Eu juro que eu me vacilei contra isso!
Mas por que vc foi embora justo agora

Jurei pra mim não mais cair em lábias
Em conversar vazias
Por que você foi embora justo agora

Foi sem nem deixar
eu te contar da minha viagem
que eu fiquei trancado no avião
Que perderam minha bagagem

Agora os dias são rios
Dentro do meu quarto
Aquele quarto frio

E agora q você voou
Por onde fico eu
E você, por onde andou

Foi sem nem deixar
eu te falar dos abraços
Sem falar dos queijos
Dos beijos e dos amassos.

Agora você já foi, fico só.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Algo bom para contar

Tenho algo bom pra te contar
Eu já não sonho mais com você
Não mais choro pelos cantos
com medo de te perder

Eu já perdí você
Pelos seus ideais, tua droga
Espero que não se arrependas

Tenho algo pra te contar
Eu preciso de você
Não mais como antes
Mas para sempre

Sei q continuarás bela, inteligente, criativa.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Amor de Boteco (Charme Chulo)




Todo mundo só quer amor
Ninguém mais perde o que for
E de repente eu e você estamos iguais
Eu também quero encontrar
A paixão mais popular
De um sonho bom, de um amor de boteco, deve estar lá
Eu queria ser tão especial, mas assim não dá pra ser
Como posso te amar sem me sentir na novela da TV?
O amor é tão belo, mas aqui é amor p’ra todo mundo
Nossas diferenças se vão no quarto ou naquele colchão – o cabelo pode ser belo ou feio que a dor é a mesma
Qualquer canção de boteco
Vai combinar com nosso amor
Uma paixão ardente que faz agente enlouquecer
Assisti uma estória montada que partiu meu coração
Uma linda guria suburbana tirada pra dançar
Seu amor é tão cool, mas no fundo deseja a mesma trilha também
Pensava que apenas eu encontrava em cada esquina um amor
O amor é tão belo, mas aqui é amor p’ra todo mundo

Trim trim trim

É uma fome que não se mata
Um vazio que não se cobre
Um frio que esquenta o coração

É um fim de sem-fins, de promessas lamúrias
Um começo de sim
Um céu quebrado pra mim

Um bip, um adeus
Uma duvida dos teus

Quem te ligo não liga mais
Mas você espera
Mesmo sabendo que não devia

Um bip, um oi
E a saudades já se foi.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Canção do Arrependido

Mas você não tinha morrido
Não tinha batido com as botas no episódio do eu não gosto mais de você

Mas você não tinha matado minha irmã
Não tinha dito que eu era um peso morto

Mas ué. você não tinha dito que eu tinha escafedido
Que era eu que tinha partido

Justo agora que jogastes pás de cal
Que não pegas mais no meu pé
Lembrei de noites que não tinha

Eu quis ir embora. Mas eu era moço de tudo.

Capítulo 5 - No dia do adeus

Por mais que se possa pensar que não, que se possa tentar controlar, a falta não é controlável de modo fácil. Uma viagem, um novo amor, um foco no trabalho, uma lembrança, uma foto, nada é capaz de tirar da cabeça o que da vida lhe foi arrancado.
Dona Marcela tentara. Era a primeira filha que perdia. "Devia ser proibido uma filha partir antes da mãe" a frase batida era entoada na despedida. O irmão não se aguentara, passara mal, tivera que ter sido removido do local. Justo o irmão que menos era próximo da Maria Eutália. Cabeças malvadas pensavam ser cena.
A partida já era esperada. Nunca planejada, sempre se busca esperança. Mas havia chegado a vez, o fim. Dona Marcela teria que se conformar. A raiva vem, nesse instante parece q todo o seu louvor, glória, dedicação havia sido em vão. Pensara em outros doentes que poderiam ter ido antes de sua filha "não hão de aguentar, injusto que apenas minha filha morra".

Era 91 e o clima melhorará.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Jogados

Tentar por tentar
Atentar

Vir, ver, passar
Uma vida sagaz

Correr, amar, voltar
No tempo, ao tempo, ou tanto faz

O resto é passo em falso, é lenha sem fogueira

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

La palestra

De quem falo
Falo escondido
Tenho marcado
Onde ninguem pode ver

De quem falo
Fala com outros
Não pode saber
Que falo dela

De quem falo
Sabe que falo
E finge não saber


Aparece devagar
Me dando esperança
Que um dia me fale besteiras ao pé do ouvido.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Foi - Capítulo 4

Nada pode fazer.
Apenas esquecer de tudo o que tinha planejado, mesmo que brincando em tardes amarelas que muito contrastam com o cinza. Imaginava, como as crianças, que o tempo passaria e o mundo real ileso as ranhuras no asfalto dele. O cachorro, a casa, o mar, o Julio, tudo sumiria naquele momento.
Consolos não há. Não há de que talvez. Somente a dor mais dolorida que se pode ter. Uma dor física, um meteoro no estomago.
Partira. Não era desse mundo. Um tão malígno e incompreendido Ser lhe havia retirado não um amor. Mas um pedaço de vida. Viagens pelo mundo. Ele não mereceria mais a ela. Precisavam dela em outro lugar. Ela não tinha vindo para cá em uma viagem de amor, ele foi apenas um acidente, se intrometeu no caminho já escrito, aproveitou de quando ela bebia aguá e à seduziu. Agora teria que pagar o preço.

Ainda era 91 e eu falava de amor

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O elefante da formiga

A formiga
Queria amar
Mas o elefante
Não a podia beijar

A formiga batalhou
Comprou pernas, se armou
Trabalhou todo o inverno
Comeu, comeu e engordou

O tempo então passou
Pra dar fim a essa cantiga
Hoje o elefante passeia
Com seu amor, outra formiga

Pura Lena

Às duras penas
às ruas pequenas
Ao cheiro de rosa
às bocas serenas

Há duras penas
Aos de alma pequena
Há quem chega
e traz palavras amenas

São puras penas
Aos que tentam entender
As ruivas, as loiras ou as morenas
(ou as japas, alemãs, italianas, coreanas, paraguaias e americanas)

Passado Chiclé

Se sabias que eu não era pra você
Por que tentou
Por que me fez pensar duas vezes
tres, quatro

Se sabias que não darias
Por que não me amou
Por que não disse que estava com dor de dente

Se sabias que eu poderia ser melhor
Por que me incentivou
Mas me largou no meio do caminho

Agora me deixou com livros, com poesias, com brinquedos, com cursos, com conhecimentos, com uma puta dor de cabeça.