Nada pode fazer.
Apenas esquecer de tudo o que tinha planejado, mesmo que brincando em tardes amarelas que muito contrastam com o cinza. Imaginava, como as crianças, que o tempo passaria e o mundo real ileso as ranhuras no asfalto dele. O cachorro, a casa, o mar, o Julio, tudo sumiria naquele momento.
Consolos não há. Não há de que talvez. Somente a dor mais dolorida que se pode ter. Uma dor física, um meteoro no estomago.
Partira. Não era desse mundo. Um tão malígno e incompreendido Ser lhe havia retirado não um amor. Mas um pedaço de vida. Viagens pelo mundo. Ele não mereceria mais a ela. Precisavam dela em outro lugar. Ela não tinha vindo para cá em uma viagem de amor, ele foi apenas um acidente, se intrometeu no caminho já escrito, aproveitou de quando ela bebia aguá e à seduziu. Agora teria que pagar o preço.
Ainda era 91 e eu falava de amor
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