Futebol, paixões, amor
Bolacha Wafer ou bombom de licor
Tardes frias de sol
Vida a sós
Familia, carro, estrada
Pessoas que saida e outras de entrada
Festas caras e festas baratas
A vida inconstante, as ferias de junho
As cartas escritas, as de proprio punho
Querendo invertar a roda
Não sei masi o que me alegra
Mas desconfio que tenha pintas
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
sábado, 17 de novembro de 2012
Calendários
A gente não quer só comer
Que escovar os dentes
Rir
Gritar
A gente não quer só beber
Quer ver o sol
Não quer só amar
A gente não quer só comer
Diversão
A gente quer opinar
Xingar a mãe
Esperar a próxima brecha
Que escovar os dentes
Rir
Gritar
A gente não quer só beber
Quer ver o sol
Não quer só amar
A gente não quer só comer
Diversão
A gente quer opinar
Xingar a mãe
Esperar a próxima brecha
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Ninho
Meu primeiro pedaço de bolo
A minha mensagem de bom dia
Quem eu quero na minha cama
Quem eu quero na minha pia
Meu amor de primavera
Outono, março ou verão
O sonho de crianças
Poesia e canção
É amor de cego
Na chuva ou no escuro
O abraço sincero
que arranco do muro
É o olhinho que quero de ninho
A minha mensagem de bom dia
Quem eu quero na minha cama
Quem eu quero na minha pia
Meu amor de primavera
Outono, março ou verão
O sonho de crianças
Poesia e canção
É amor de cego
Na chuva ou no escuro
O abraço sincero
que arranco do muro
É o olhinho que quero de ninho
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Sem graça
Aquela outra poesia de amor
Eu escrevi pra voce
Mas já passou eu sei
Cansei
Cansei das flores, dos pães
Das conversar sobre o sol
Sobre o Discovery Kids
Não fui eu que mudei
Continuo o mesmo
É voce que se apaixonou
Perdeu a graça
Eu escrevi pra voce
Mas já passou eu sei
Cansei
Cansei das flores, dos pães
Das conversar sobre o sol
Sobre o Discovery Kids
Não fui eu que mudei
Continuo o mesmo
É voce que se apaixonou
Perdeu a graça
Acre
Hey
Doutora aí de Norte
Me passa uma receita bem forte
Pra curar do tédio
Da quase morte
Hey
Doutora de caduco
To olhando para o cuco
Esperando maluco
Você voltar de bike
E tenis nike
Doutora aí de Norte
Me passa uma receita bem forte
Pra curar do tédio
Da quase morte
Hey
Doutora de caduco
To olhando para o cuco
Esperando maluco
Você voltar de bike
E tenis nike
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Cadê?
Que você é loca
Doida chapada
São coisas antigas
Águas passadas
Que você não está
Nem aí pra mim
Até que eu sabia
Que era assim
Mas voce sumir
Sem nem dar adeus
Não tava nos planos
E agora meu Deus?
Doida chapada
São coisas antigas
Águas passadas
Que você não está
Nem aí pra mim
Até que eu sabia
Que era assim
Mas voce sumir
Sem nem dar adeus
Não tava nos planos
E agora meu Deus?
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Seja minha
Seja minha caralho
Te quero na cama
Jogando baralho
Seja minha
Na porta da igreja
Mas não pra casar
Seja minha na praia
Na areia e no mar
Seja minha mas não pra namorar
Seja minha e só
De batom e pó
Seja minha tirando fotos de espelho
Seja minha
Não ligo
Novembro chegou
Mas voce nem ligo
Não me deu boa noite
E minha noite foi ruim
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Para ir para Guarapuava
Comprenderei
Amargurado
Esse teu lado
Dark
Esse teu sorriso longo
Pouco assanhado
Essa tua escolha
De amar ao passado
Sentirei-me querido
Pretendido
Sentirei-me amado
Desejado
Mas embarcarei para Guarapuava no primeiro trem se me chamares.
Amargurado
Esse teu lado
Dark
Esse teu sorriso longo
Pouco assanhado
Essa tua escolha
De amar ao passado
Sentirei-me querido
Pretendido
Sentirei-me amado
Desejado
Mas embarcarei para Guarapuava no primeiro trem se me chamares.
Era tarde
Pensou em morrer
Ou conhecer a janela
Descobrir um filme na TV
Não tinha mais tempo
Desacreditada no amor
Jogava jogos e escrevia livros
Resolvera trancar-se as noites para não mais aparecer
Pensara nas vezes que fingiu gostar da vida
Era noite e ninguem voltara, ninguem havia ligado para comer um Mc
Era tarde, e a internet sumira
Ninguem mais ligava para isso
Para ela
Ou conhecer a janela
Descobrir um filme na TV
Não tinha mais tempo
Desacreditada no amor
Jogava jogos e escrevia livros
Resolvera trancar-se as noites para não mais aparecer
Pensara nas vezes que fingiu gostar da vida
Era noite e ninguem voltara, ninguem havia ligado para comer um Mc
Era tarde, e a internet sumira
Ninguem mais ligava para isso
Para ela
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Uma bomba relógio
Mentiras, trapaças, frases de efeito
Amores a torto e a Direito
Cursos, modas, conceitos
As coisas não saem do jeito
Hum filme a dois
Um Mc a sós
A vida num canudo
As coisas sairam do controle pai
Mas não é que eu não queria
è que eu achei que seria outra a magia
Que eu sairia vivo
As manchas na cara poderam volar a aparecer
Ou estarei feliz como nunca
Só depende de mim, e do Atlético talvez
Falo dos outros, mas as vezes faço como os que fumam naguile com alcool de posto
Amores a torto e a Direito
Cursos, modas, conceitos
As coisas não saem do jeito
Hum filme a dois
Um Mc a sós
A vida num canudo
As coisas sairam do controle pai
Mas não é que eu não queria
è que eu achei que seria outra a magia
Que eu sairia vivo
As manchas na cara poderam volar a aparecer
Ou estarei feliz como nunca
Só depende de mim, e do Atlético talvez
Falo dos outros, mas as vezes faço como os que fumam naguile com alcool de posto
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Valeu
Obrigado por voltar a fazer
O meu coração bater
Mesmo que apertado
Por fazer me sentir retardado
Maluco
Ao teu lado
Doido alucinado
Por voltar a me fazer te ver em toda esquina
Atravessando na faixa
Ou fora do ar
Esperando voce passar na minha rua
Gargalhando desesperada por um amor
O meu coração bater
Mesmo que apertado
Por fazer me sentir retardado
Maluco
Ao teu lado
Doido alucinado
Por voltar a me fazer te ver em toda esquina
Atravessando na faixa
Ou fora do ar
Esperando voce passar na minha rua
Gargalhando desesperada por um amor
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
A carta de partida.
Olá linda,
Vejo que o cancro mole já não lhe judia mais
Que parastes com a sangria indesejada
Que voltastes e se esfregar em glandes amigas
E inimigas
Alegro-me tambem em saber que curastes da hemorróida
Que ganhastes ao cair em lábia alheia
Após tanto eu pedir-lhes tal clemência e desejo
Deixo-te, infelizmente
Pois o dever me chama ao Mato Grosso
Eu que lhe fui tão amoroso
Deixo-te minha saudades
Beijo
Vejo que o cancro mole já não lhe judia mais
Que parastes com a sangria indesejada
Que voltastes e se esfregar em glandes amigas
E inimigas
Alegro-me tambem em saber que curastes da hemorróida
Que ganhastes ao cair em lábia alheia
Após tanto eu pedir-lhes tal clemência e desejo
Deixo-te, infelizmente
Pois o dever me chama ao Mato Grosso
Eu que lhe fui tão amoroso
Deixo-te minha saudades
Beijo
Fim
Cadê você na minha vida
Na minha história
No meu livro
No meu marca-paginas
No meu marca passo
Marcando os meus passos
Marcando meu rosto com tuas lágrimas de saudades
Cadê eu em você
Aquela vontade de me ter
Cadê as tardes
Cadê você me enrolando
Me fazendo andar em falso
Cadê a pizza que eu pedi pra nós
Que comeríamos vendo aquele filme
Que não chegaríamos ao final
Que nem comentaríamos o fim
O fim
Na minha história
No meu livro
No meu marca-paginas
No meu marca passo
Marcando os meus passos
Marcando meu rosto com tuas lágrimas de saudades
Cadê eu em você
Aquela vontade de me ter
Cadê as tardes
Cadê você me enrolando
Me fazendo andar em falso
Cadê a pizza que eu pedi pra nós
Que comeríamos vendo aquele filme
Que não chegaríamos ao final
Que nem comentaríamos o fim
O fim
sábado, 13 de outubro de 2012
Menos minha
colorida
de mente
não conhece
não sente
pequena
feliz
encosta a lingua
na ponta do nariz
é meiga
faz bico
na balada
é mico
é magra
é santa
quando sorri
encanta
é loque
é porra loca
é smel
na boca
é tudo
menos minha
de mente
não conhece
não sente
pequena
feliz
encosta a lingua
na ponta do nariz
é meiga
faz bico
na balada
é mico
é magra
é santa
quando sorri
encanta
é loque
é porra loca
é smel
na boca
é tudo
menos minha
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Das Pimentas
Não ha mal maior
Que o amor
Que contradição
Não há amor maior
Que amor de agora
De amar freneticamente
As bandas de rock
Seu cheiro
Seu cabelo
Tudo passa como passam as flores da primavera
Como passa o verão
Tudo passa, mas as marcas ficam
As tardes de amor
Elas não existiram
Melhor assim
Que o amor
Que contradição
Não há amor maior
Que amor de agora
De amar freneticamente
As bandas de rock
Seu cheiro
Seu cabelo
Tudo passa como passam as flores da primavera
Como passa o verão
Tudo passa, mas as marcas ficam
As tardes de amor
Elas não existiram
Melhor assim
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
A gente
A gente ama deita chora
Como caqui com amora
Quando a noite
Agente esquece onde mora.
Sente cheiro do abraço
O carinho no amasso
A gente fode
Se estraga
Esquece o aniversário
Taca fogo no armário
A gente é foda
Não sei de moda
Cospe fogo
Se esquenta
Como caqui com amora
Quando a noite
Agente esquece onde mora.
Sente cheiro do abraço
O carinho no amasso
A gente fode
Se estraga
Esquece o aniversário
Taca fogo no armário
A gente é foda
Não sei de moda
Cospe fogo
Se esquenta
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Do Peito
Peito chora
Escorre sangue
Dói na memória
Peito pulsa
Bate forte
Busca um norte
Peito dói
Morde e aperta
De peito e porta aberta
Peito escorre lágrimas
E se recicla
Limpa
Escorre sangue
Dói na memória
Peito pulsa
Bate forte
Busca um norte
Peito dói
Morde e aperta
De peito e porta aberta
Peito escorre lágrimas
E se recicla
Limpa
Suspiro
Eu suspiro
Suspiro por que dói no peito
A lembrança dos nossos momentos
Dos nossos shows particulares
Quando parecíamos vivermos para nós
Suspiro para desamarrar os nós
Tentar relaxar
Ficar de boa
Viajar o mundo com você
Ou sem
Te encontrar mais além
No fundo do poço
Ou em cima do palco
Ou em cima de mim
Bem perto do fim
Suspiro por não dizer que te amo
Pois sou quieto
Suspiro por que dói no peito
A lembrança dos nossos momentos
Dos nossos shows particulares
Quando parecíamos vivermos para nós
Suspiro para desamarrar os nós
Tentar relaxar
Ficar de boa
Viajar o mundo com você
Ou sem
Te encontrar mais além
No fundo do poço
Ou em cima do palco
Ou em cima de mim
Bem perto do fim
Suspiro por não dizer que te amo
Pois sou quieto
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Puto
Meu Deus será
Que voce me deixou
Será que alguem te ligou
E voce o amou
Meu Deus não pode
Fiquei de bode
Será que é ele no seu I-pod
Caraca! Absurdo
Eu devo estar mudo
Quando eu disse tudo
Fiquei carrancudo
Fiquei puto
Que voce me deixou
Será que alguem te ligou
E voce o amou
Meu Deus não pode
Fiquei de bode
Será que é ele no seu I-pod
Caraca! Absurdo
Eu devo estar mudo
Quando eu disse tudo
Fiquei carrancudo
Fiquei puto
Sim
Se me fostes, tão bela
Minha
Não seria tão sozinha
Quanto quero parecer
Se não fostes tão inquieta
Tão falante
Serias ainda ainda minha meta
Meu novo instante
Se fostes minha
Escreveria
Musicas, cartas e poesia
Sem métricas, só com tuas curvas
Se eu fosse teu relento
Tua vida
Viveríamos só no vento
Estando sempre de partida
Minha
Não seria tão sozinha
Quanto quero parecer
Se não fostes tão inquieta
Tão falante
Serias ainda ainda minha meta
Meu novo instante
Se fostes minha
Escreveria
Musicas, cartas e poesia
Sem métricas, só com tuas curvas
Se eu fosse teu relento
Tua vida
Viveríamos só no vento
Estando sempre de partida
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Olhos
A rima acabou
O sol se baixou
O rio secou
O rua fechou
O mar acalmou
O tempo passou
O livro cessou
O noivo casou
A lua minguou
O Amor?
Transborda os olhos
O sol se baixou
O rio secou
O rua fechou
O mar acalmou
O tempo passou
O livro cessou
O noivo casou
A lua minguou
O Amor?
Transborda os olhos
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Dieta Alimentar
Potássio Potássio
Eu preciso de potássio
Preciso de potássio no meu feijão
Espaço espaço
Quero espaço cheio no coração
Potássio Potássio
Tem na banana e no pão
Potássio tem na Laranja
Mas na Lima não
Sem potássio na vida
A qualidade cai
Potássio eu não como
Em homenagem ao meu pai
Eu preciso de potássio
Preciso de potássio no meu feijão
Espaço espaço
Quero espaço cheio no coração
Potássio Potássio
Tem na banana e no pão
Potássio tem na Laranja
Mas na Lima não
Sem potássio na vida
A qualidade cai
Potássio eu não como
Em homenagem ao meu pai
Balarotti now.
Estava escrito
No saco de pão
Que ela se foi
Te deixou na mão
Estava a mostra
Pela janela
Que a noite caiu
E ninguem é dela
Estava grafado
Em folha timbrada
Que aquilo tudo
É coisa passada
Estava alí
Na fechadura
Que o amor acabou
E a vida é dura
No saco de pão
Que ela se foi
Te deixou na mão
Estava a mostra
Pela janela
Que a noite caiu
E ninguem é dela
Estava grafado
Em folha timbrada
Que aquilo tudo
É coisa passada
Estava alí
Na fechadura
Que o amor acabou
E a vida é dura
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Sono
"oi"
Filha da Puta
Panaca
Juvenil
Me faz de piranha
Magoou meu ego
Me fez me sentir um lixo.
"oi"
"estou com sono, vou dormir..."
Eu cansei de explicar o obvio
Meus dedos não mais tremem
E não mais merecem se desgastar em noites maus dormidas
Vou usa-los para amar
"boa noite"
Filha da Puta
Panaca
Juvenil
Me faz de piranha
Magoou meu ego
Me fez me sentir um lixo.
"oi"
"estou com sono, vou dormir..."
Eu cansei de explicar o obvio
Meus dedos não mais tremem
E não mais merecem se desgastar em noites maus dormidas
Vou usa-los para amar
"boa noite"
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Precisando de Vento
Tempo tempo
quem te inventou
Estava com tempo
Tempo tempo
Mano velho
Senhor da Razão
Tempos atrás
Ficava do vento
Olhando pro mar
Buscando lamentos
Era tempos de amor
Era tempos de ócio
Tempo tempo
Voce me dá ódio
quem te inventou
Estava com tempo
Tempo tempo
Mano velho
Senhor da Razão
Tempos atrás
Ficava do vento
Olhando pro mar
Buscando lamentos
Era tempos de amor
Era tempos de ócio
Tempo tempo
Voce me dá ódio
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Do amor nos tempos do face.
"Oi"
(horas...)
"Oi"
(horas...)
"Oi"
(excitação)
Faz tempos que te vejo
Viradas de tempo
Conversas apaixonadas
Passeios no parque
Fim
"Oi"
(anos depois)
"Oi"
(??? "Surgiu das cinzas")
"Vamos nos ver? Saudades"
Sabe. Estive pensando. Eu tinha vários motivos para não estar aqui.
(horas...)
"Oi"
(horas...)
"Oi"
(excitação)
Faz tempos que te vejo
Viradas de tempo
Conversas apaixonadas
Passeios no parque
Fim
"Oi"
(anos depois)
"Oi"
(??? "Surgiu das cinzas")
"Vamos nos ver? Saudades"
Sabe. Estive pensando. Eu tinha vários motivos para não estar aqui.
A Igreja Católica Apostólica Americana
Padre
Quintino, pároco
da Denodada Vila de Itaparica, pessoa grave e circunspecta como convém a seu ofício, anda vestido de padre mesmo.
Hoje em dia a gente só vê padre de camisa esporte ou bermuda e, para o sujeito que foi
criado no tempo de padre tonsurado e de batina, fica difícil a adaptação. Quando aparece um padre desses, a
gente tem que apelar forte para a racionalidade e vencer a certeza emocional de
que aquele camarada com pinta de galã de cinema mexicano não é padre. Chamar de “reverendo”, então, é uma dificuldade: reverendo tem que
estar de batina. Mas eu chamo, procuro não ficar velho, adaptar-me aos novos
tempos.
Padre
Quintino, contudo, é um consolo, porque é padre mesmo, no duro, desses de
confiança,
que não
aparecem sem o colarinho clerical e muito menos de sunguinha na praia do Jardim
— um
reverendo indiscutível. E não se diga que é porque é padreco do interior, pois ele é cosmopolita. Sim, senhor, só Itaparica para ter dessas coisas:
porque padre Quintino é americano, americano legítimo, nascido nos Estados Unidos, com
passaporte e tudo. Entretanto, não fala inglês, a não ser um ou outro “how are you?”, assim
mesmo com um sotaque italiano carregadíssimo. Sim, porque a língua dele mesmo é italiano e quem o ouve falando
português
pensa que está num
piquenique no Ibirapuera. Não tem nada de americano, é italiano mesmo. São coisas da nossa ilha, sempre fomos
originais em tudo.
Na
verdade, não
tenho nem o direito de me meter nesses assuntos, porque sou mau católico, um péssimo católico, aliás. Nem sei mesmo se posso ser
considerado católico, ainda que péssimo, pois tenho dificuldades em
aceitar o magistério da Igreja — faço força, mas é difícil. E tampouco vou à missa (padre Quintino, que batizou
minha filha Chica e me considera um homem de grande fé — eu chorei no batizado, vejam que
coisa ridícula
—
sempre me convida, mas eu não vou), comungo ou cumpro qualquer das obrigações que me caberiam como católico. Mas, afinal, fui criado como
católico,
batizado, crismado, comungado e jamais vou poder desvencilhar-me da herança afetiva e cultural que me veio com
a formação
religiosa católica.
Quer eu queira quer não, apesar de meio herege, não posso deixar de me sentir vinculado
ao catolicismo.
É por isso que tomo a ousadia de dar penada num assunto que
me preocupa. É um
problema com os americanos. Americano é danado, como sabemos, e, por
conseguinte, faz medo o que muitos deles querem da Igreja, ou seja, transformá-la numa espécie de clube democrático. Todo dia a gente lê
uma novidade no jornal,
uma tal crise nas hostes católicas, às vezes porque mulheres querem rezar
missa, homossexuais querem casar na igreja, feministas querem que a Igreja aprove
o aborto, padres querem casar e suas mulheres usar a pílula e assim por diante.
Está certo, todo mundo tem o direito de
reivindicar o que considera justo, mas o negócio está exagerado. Para começar, religião não é democracia, nunca foi nem pode ser
democracia. Deus não foi eleito e quem acredita nele dentro de uma estrutura
doutrinária,
como a da Igreja e do cristianismo em geral, tem de acreditar sem discutir — discutir é
outra transação. Nem a Igreja — cujo Estado-sede é uma monarquia — é democrática, nem é assim que funciona. No dia em que os
dogmas da Igreja puderem ser alterados como numa convenção do Partido Republicano,
elaborando-se uma plataforma “por vontade da maioria”, então não é Igreja: é
clube.
Malissimamente
comparando, isso me lembra um fenômeno causado pelo turismo na Bahia. O
camarada queria voltar para sua terra e contar que comeu uma tremenda moqueca
de lambreta (marisco que dá muito aqui, cujo nome antigo era cernambi, mas virou
lambreta não
sei por quê) no
mercado Modelo, regada a legítima cachacinha do Recôncavo. No entanto, quando via a
moqueca, achava sua aparência feia e seu conteúdo pesado; quando bebia a cachaça, achava-a grosseira e forte
demais; quando escutava a barulheira do Mercado, achava que não podia comer sossegado. Então, para essa gente que quer comer
moqueca nas não
gosta de moqueca, passou-se a fazer “moqueca” sem azeite de dendê e, possivelmente, moqueca de
lambreta sem lambreta. As cachaças, para quem quer dizer que tomou
cachaça,
mas não
gosta de cachaça,
também
passaram a ser umas garapas adocicadas e horrendas. E assim por diante, numa
maluquice difícil
de conter.
Agora
essa turma quer ser católica sem ser católica. Fico imaginando um sujeito que
nunca tivesse ouvido falar de religião alguma e resolvesse escolher uma.
— E esta aqui? — perguntaria ele a seu orientador.
— Ah, esta aqui é muito boa, muito tradicional, muito
antiga, é uma
boa opção.
— Ah, é? Então como é que é ela? Dê uma dica aí.
— Bem é uma religião organizada em torno da autoridade hierárquica e doutrinai da Igreja Católica Apostólica Romana, sob o comando do papa,
que é
infalível
em questões
de dogma. Não
admite o controle da natalidade por qualquer contraconceptivo, seus sacerdotes
não
casam, suas monjas também não, é contra o aborto, não admite o divórcio, obriga ao comparecimento à missa etc. etc.
— Ah, ah, muito bem, eu quero essa. Quero ser católico, achei bonito. Quero até ser sacerdote. Agora, sem essa de não casar, isso não tá com nada. E por que não pode a pílula? O aborto em certos casos tem de
ser admitido também. E essa besteira de não poder divórcio? E blá, blá, blá...
Ora, com
tantas religiões
por aí que
podem abrigar todas ou a maior parte dessas convicções, por que é que ele quer ser católico? Religião não é feita de encomenda, pela ordem do
freguês;
religião é religião — é assim e está acabado. Como é que fica mudando o tempo todo? Se o
sujeito quer fazer “certos abortos” e não pecar, procure uma religião que admita esses certos abortos,
com a conseqüência
de que ele deixa de se sentir pecador. Agora, o que não pode é sair mudando tudo — que avacalhação é essa? Padre não pode casar e está acabado. Pastor protestante pode.
Logo, padre casado não é padre, é uma espécie de pastor protestante, com seu
ramo particular e individual de protestantismo. Fico imaginando um judeu “inovador”
que insista em servir presunto, bacon e lingüiça de porco numa festa ortodoxa. Judeu
ortodoxo não
pode comer carne de porco e está acabado, assim como muçulmano não pode beber álcool e está acabado, assim como protestante não reza para santos e está acabado. Protestante que quer
venerar santos e ter imagens em casa é mais católico do que protestante — e por aí vai.
Mas eu
tenho medo deles, eles são danados mesmo e não acho impossível que, daqui a pouco, estejam
propondo — e
conseguindo —
realizar o impeachment do papa. Só o sujeito se benzendo. Acho até que hoje eu vou dar um susto em
padre Quintino e aparecer lá na missa — enquanto ainda tem missa.
(31-03-85)
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Bons tempos de alvorada.
Alvorada Alvorada
Por que deixaste Curitiba
Ficou com medo dos mendigos
Das pedras da Madrugada
Alvorada Alvorada
Do meu sonho de ano
Tua roda-gigante
Teu chapéu mexicano
Fostes esquecido Alvorada
E nem na memoria você ficou
Em breve estaras escondido em prédios altos
A cidade cresceu e não tem mais tempo para brincadeiras
Mas ainda se sente colorida
Por que deixaste Curitiba
Ficou com medo dos mendigos
Das pedras da Madrugada
Alvorada Alvorada
Do meu sonho de ano
Tua roda-gigante
Teu chapéu mexicano
Fostes esquecido Alvorada
E nem na memoria você ficou
Em breve estaras escondido em prédios altos
A cidade cresceu e não tem mais tempo para brincadeiras
Mas ainda se sente colorida
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Sempre mais do mesmo.
Somos um cidade tradicional. Uma das capitais mais ricas do Brasil. Estamos hoje entre as 5 que tem o maior PIB entre as capitais. Mas nossos pais ainda perguntam o sobrenome das pessoas e volte e meia se conhecem, estudaram juntos ou jogaram contra.
Somos uma cidade que não gosta do novo. Somos criticos. Por isso muitas empresas de marketing "testam" seus produtos por aqui antes de lançarem no mercado.
Tenho 26 anos. Eu NUNCA vi uma oposição chegar perto do inabalável Jaime Lerner. Eu não vi o Jaime Lerner ser prefeito. Eu lembro de um cara simpático, muito mais simpatico que qualquer outro politico, que era governador. Quando eu era criança o Rafael Grega era prefeito. E Curitiba era fodona. Inventava tudo, até a xuxa encerrava novela por aqui! O Clodovil tinha suas noites de Gala na CNT no palacio do lago, todo de vidro. Eu tinha orgulho daquilo, por que eu era uma criança e classe média e minha professoras tinham orgulho de cantar "SE-PA-RE". Éramos uma cidade européia.
Eu, quando criança, nunca imaginei que Curitiba poderia ser governada por outra pessoa que não a indicada pelo Jaime Lerner.
Parece que hoje em dia ainda não será. As mesmas pessoas se instalaram no poder de forma de hoje uma convenção de partido virou eleição municipal. Dos quatro candidatos que despontam, não vejo nenhum que signifique algo novo, queira pelas alianças, queira pelo nome.
Para mim, esses quatro candidatos representam as mesmas pessoas. Me parem que moram nos Castelos do Batel e de lá administram tudo e a todos. Não são tiranos. São déspotas esclarecidos, oras! Em Curitiba, a pesar de nos ultimos anos algo ter falhado, se pensa muito em educação, em moradia. Se planeja a cidade, se coloca as industrias fora do centro, se coloca os miseráveis para não mais morarem dentro dos barracões de fábrica, mas perto deles. Pelo menos conseguem ter uma familia, sua casinha própria, e não enche o saco dos proprietários de predios vazios no centro. Os níveis de poluição na CIC são altos, mas os trabalhadores aguentam.
Não sou curitibano, mas convivo com muitos. Eu sei como é dificil trocar a marca do Leite. Talvez se de graças a deus que essa empresa não vá mais falir.
Somos uma cidade que não gosta do novo. Somos criticos. Por isso muitas empresas de marketing "testam" seus produtos por aqui antes de lançarem no mercado.
Tenho 26 anos. Eu NUNCA vi uma oposição chegar perto do inabalável Jaime Lerner. Eu não vi o Jaime Lerner ser prefeito. Eu lembro de um cara simpático, muito mais simpatico que qualquer outro politico, que era governador. Quando eu era criança o Rafael Grega era prefeito. E Curitiba era fodona. Inventava tudo, até a xuxa encerrava novela por aqui! O Clodovil tinha suas noites de Gala na CNT no palacio do lago, todo de vidro. Eu tinha orgulho daquilo, por que eu era uma criança e classe média e minha professoras tinham orgulho de cantar "SE-PA-RE". Éramos uma cidade européia.
Eu, quando criança, nunca imaginei que Curitiba poderia ser governada por outra pessoa que não a indicada pelo Jaime Lerner.
Parece que hoje em dia ainda não será. As mesmas pessoas se instalaram no poder de forma de hoje uma convenção de partido virou eleição municipal. Dos quatro candidatos que despontam, não vejo nenhum que signifique algo novo, queira pelas alianças, queira pelo nome.
Para mim, esses quatro candidatos representam as mesmas pessoas. Me parem que moram nos Castelos do Batel e de lá administram tudo e a todos. Não são tiranos. São déspotas esclarecidos, oras! Em Curitiba, a pesar de nos ultimos anos algo ter falhado, se pensa muito em educação, em moradia. Se planeja a cidade, se coloca as industrias fora do centro, se coloca os miseráveis para não mais morarem dentro dos barracões de fábrica, mas perto deles. Pelo menos conseguem ter uma familia, sua casinha própria, e não enche o saco dos proprietários de predios vazios no centro. Os níveis de poluição na CIC são altos, mas os trabalhadores aguentam.
Não sou curitibano, mas convivo com muitos. Eu sei como é dificil trocar a marca do Leite. Talvez se de graças a deus que essa empresa não vá mais falir.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Da cidade
Caminhar pelas ruas
Um papo um cheiro um olhar
Um sorriso uma brisa
Da estrada predio ou mar
A fumaça é cinza
O dinheiro é pouco
Eu pareço tranquilo
Mas grito como louco
Me conheço a cada dia
E as vezes me espanto
Tenho um monte de amigos
Mas vivo largado no canto
Um papo um cheiro um olhar
Um sorriso uma brisa
Da estrada predio ou mar
A fumaça é cinza
O dinheiro é pouco
Eu pareço tranquilo
Mas grito como louco
Me conheço a cada dia
E as vezes me espanto
Tenho um monte de amigos
Mas vivo largado no canto
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Cautela
Tudo para não ligar
Para não saber do fim
tudo para não mostrar-se afim
Não mostrar que sofre
Madrugadas a dentro
As vezes que pensou em beber cianureto
Esconder as lagrimas em algodão
ou dentro do colchão
Parar de imaginar sua mão
Mas a saudade é um bicho que corroi o cerebro
E ele é traiçoeiro
Para não saber do fim
tudo para não mostrar-se afim
Não mostrar que sofre
Madrugadas a dentro
As vezes que pensou em beber cianureto
Esconder as lagrimas em algodão
ou dentro do colchão
Parar de imaginar sua mão
Mas a saudade é um bicho que corroi o cerebro
E ele é traiçoeiro
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Aquela do Sol
Se juntar os meus rabiscos
Não vai dar nem um só livro
Vai dar em rio seco
Se guardar as minhas fotos
Vai ver que o sol judia
Vai ver que eu sorria
Se contar os meus amores
vai perder a graça
vai virar piada contada de traz pra frente
Não vai dar nem um só livro
Vai dar em rio seco
Se guardar as minhas fotos
Vai ver que o sol judia
Vai ver que eu sorria
Se contar os meus amores
vai perder a graça
vai virar piada contada de traz pra frente
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Cotidianamente
Tudo como antes
Tudo ao contrário
Desde o remendo do carro
Até a bagunça no armário
Tudo como certo
Mesmo sem noção
O grito da esquina
A rua contra-mão
A dor na cabeça
A vontade de partir
O medo do novo
O Chorar e o rir
As linhas e as tortas
Tudo ao contrário
Desde o remendo do carro
Até a bagunça no armário
Tudo como certo
Mesmo sem noção
O grito da esquina
A rua contra-mão
A dor na cabeça
A vontade de partir
O medo do novo
O Chorar e o rir
As linhas e as tortas
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Dias
Tem dias que a gente acorda
Com frio e com medo
Tem dias que a gente acorda muito cedo
Tem dias que a gente sonha
Que não fica acordado
Tem dias que a gente dorme de lado
Tem dias que o sol não aparece
Tem dias e tardes que são vazias
Tem dias que a gente escreve poesias
Com frio e com medo
Tem dias que a gente acorda muito cedo
Tem dias que a gente sonha
Que não fica acordado
Tem dias que a gente dorme de lado
Tem dias que o sol não aparece
Tem dias e tardes que são vazias
Tem dias que a gente escreve poesias
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Abaixo
Abaixo
Acima
Ao Alto
Não tá vendo que é um assalto?
Abaixo a tudo
A mim e a todos
Abaixo ao tsunami de Kosovo
Abaixo ao sal
Ao pós e ao pré
Abaixo à quem anda de ré
Abaixo a Usina
Ao Belo Monte
Abaixo aos nordestinos
Acima
Ao Alto
Não tá vendo que é um assalto?
Abaixo a tudo
A mim e a todos
Abaixo ao tsunami de Kosovo
Abaixo ao sal
Ao pós e ao pré
Abaixo à quem anda de ré
Abaixo a Usina
Ao Belo Monte
Abaixo aos nordestinos
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Mundo
Troco ou soco
O mundo pirou
Te viu chorando
E não te abraçou
Te fez parar
Parar de pensar
Ganhou dinheiro
Parou de gastar
O mundo pirou
Seu carro quebrou, alguem te vaiou, você não aguentou
Mas não chorou
Foi ler 4 livros
Precisa crescer
Sua filha passou
Foi pau
Foi pedra
Sobre moeda
Ja parou pra pensar pra dentro?
O mundo pirou
Te viu chorando
E não te abraçou
Te fez parar
Parar de pensar
Ganhou dinheiro
Parou de gastar
O mundo pirou
Seu carro quebrou, alguem te vaiou, você não aguentou
Mas não chorou
Foi ler 4 livros
Precisa crescer
Sua filha passou
Foi pau
Foi pedra
Sobre moeda
Ja parou pra pensar pra dentro?
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Só me faltava essa....
Não sei o que fazer
Minha TV não pare de gemer
Não sei mais desligar
E ela não para de chorar
Agora fudeu
Meu Facebook virou ateu
Vive emitindo parecer
Meu Facebook tá querendo enriquecer
Não sei o que rolou
Acho que andei esquecido
Ou o mundo caducou
Eu sou eu que to perdido
Só me faltava essa.
Minha TV não pare de gemer
Não sei mais desligar
E ela não para de chorar
Agora fudeu
Meu Facebook virou ateu
Vive emitindo parecer
Meu Facebook tá querendo enriquecer
Não sei o que rolou
Acho que andei esquecido
Ou o mundo caducou
Eu sou eu que to perdido
Só me faltava essa.
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Hoje vôo
Te ofereço meu amor
Ou um papel almaço
Uma flor inteiroa
Ou picada em pedaços
Te ofereço a vida
Minha escova de dente
Um café amargo
Ou uma aguardente
Aguardei 10 anos
15 talvez
para viver meus sonhos
Aguardei a vida
Mas passou a vontade
Hoje vôo
Ou um papel almaço
Uma flor inteiroa
Ou picada em pedaços
Te ofereço a vida
Minha escova de dente
Um café amargo
Ou uma aguardente
Aguardei 10 anos
15 talvez
para viver meus sonhos
Aguardei a vida
Mas passou a vontade
Hoje vôo
quinta-feira, 29 de março de 2012
Mimimí! (entenda-se Maísa Cardoso)
O amor tem cheiro
É um pedaço de cabelo
Um ranger de dentes
O Amor é pra doentes
Vem de dentro
Do olhar de desdem
Vem do além
O amor é um café com leite
Um ficar no leito
O amor é feito
Bem feito
É um pedaço de cabelo
Um ranger de dentes
O Amor é pra doentes
Vem de dentro
Do olhar de desdem
Vem do além
O amor é um café com leite
Um ficar no leito
O amor é feito
Bem feito
terça-feira, 27 de março de 2012
Parabens 319 anos
Curitiba não é do Samba
Não é do Salgueiro e nem da Realeza
Não é Mó Cidade Alegre
Nem dos academicos ela é
Dos do Centro ou Parolim
Não é academicos do começo ou dos do fim
Curitiba não é rock
Não é pimenta, chocolate
E nem é a terra do mate
Não é da bike
Não é da Nike
Não é das Flores
É Mordida e Sabonetes
E Guaíra e Paiol
É muita coberta por cima do Lençol
Não é do CAP e nem do Coxa
Ela não é do Ipê
É ir sempre no Madero
Ou não ter o que comer
Curitiba, Não sei
Não é terra de ninguem
É chame, é chulo
É um pular de muro
Não é mais pedreira
Mas ainda é Barigui
É Gaucho e Espanha
É Tanguá e Tingui
É comida japonesa
É churrasco e leite quente
É pinhão e quentao
Na praça Tiradentes
De vermelho ou cinza
As vezes de amarelo
Mas pelo centro é branquelo
Curitiba não é Konká
Não é do bonde, nem do Role
É feita de gente
É você.
Não é do Salgueiro e nem da Realeza
Não é Mó Cidade Alegre
Nem dos academicos ela é
Dos do Centro ou Parolim
Não é academicos do começo ou dos do fim
Curitiba não é rock
Não é pimenta, chocolate
E nem é a terra do mate
Não é da bike
Não é da Nike
Não é das Flores
É Mordida e Sabonetes
E Guaíra e Paiol
É muita coberta por cima do Lençol
Não é do CAP e nem do Coxa
Ela não é do Ipê
É ir sempre no Madero
Ou não ter o que comer
Curitiba, Não sei
Não é terra de ninguem
É chame, é chulo
É um pular de muro
Não é mais pedreira
Mas ainda é Barigui
É Gaucho e Espanha
É Tanguá e Tingui
É comida japonesa
É churrasco e leite quente
É pinhão e quentao
Na praça Tiradentes
De vermelho ou cinza
As vezes de amarelo
Mas pelo centro é branquelo
Curitiba não é Konká
Não é do bonde, nem do Role
É feita de gente
É você.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Voltei
Amor voltei
Me seja bem vinda
Me seja completo
Me seja o ainda
Amor amor
Te lembro mais linda
Te sinto querida
Te vejo mais minha
São aguas passadas
A ferro quente
É brisa perto da gente
Amor acordei doente
Por você
Me seja bem vinda
Me seja completo
Me seja o ainda
Amor amor
Te lembro mais linda
Te sinto querida
Te vejo mais minha
São aguas passadas
A ferro quente
É brisa perto da gente
Amor acordei doente
Por você
segunda-feira, 19 de março de 2012
Vem chegando o Invernão
Tá que tá
Se preparando pro chá
Comprando lenços para prantos lentos
Tá que tá Cidade
Sorrisso
Lavando suas mantas no Rio Belem
Desescondendo os gorros
Seu Coração no lago sente falta
Do gelo pela manhã
Da fumaça humana
Curitiba
Você não engana
Se preparando pro chá
Comprando lenços para prantos lentos
Tá que tá Cidade
Sorrisso
Lavando suas mantas no Rio Belem
Desescondendo os gorros
Seu Coração no lago sente falta
Do gelo pela manhã
Da fumaça humana
Curitiba
Você não engana
quarta-feira, 7 de março de 2012
Descrição para ICQ
Não gosto de iogurte
Na verdade não dos de shopping
Prefiro os de geladeira
Gosto de andar sozinho
Não que eu ande
Sempre alguem está me ouvindo
Alguem que mora no meu cérebro
Gosto de responder perguntar que eu mesmo me faço
E não gosto coisas erradas
Por que nunca sou eu que as faço
As que eu faço são divertidas
E certas por algum ponto de vista
Eu gosto de conversar bobagens
Vivo viajando no lugar
Eu gosto de rir
Na verdade não dos de shopping
Prefiro os de geladeira
Gosto de andar sozinho
Não que eu ande
Sempre alguem está me ouvindo
Alguem que mora no meu cérebro
Gosto de responder perguntar que eu mesmo me faço
E não gosto coisas erradas
Por que nunca sou eu que as faço
As que eu faço são divertidas
E certas por algum ponto de vista
Eu gosto de conversar bobagens
Vivo viajando no lugar
Eu gosto de rir
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Fato
Saber cantar
Saber chorar
Ler, escrever, amar
Saber a hora de esperar
Planejo rever meus antigos contratos
As cenas, os delírios
As partes que forcei a barra
Vou voltar a ligar
Dar bola pro acaso
Vou mergulhar mais fundo
Mulher
Os termos jurídicos me mancharam idéias
Saber chorar
Ler, escrever, amar
Saber a hora de esperar
Planejo rever meus antigos contratos
As cenas, os delírios
As partes que forcei a barra
Vou voltar a ligar
Dar bola pro acaso
Vou mergulhar mais fundo
Mulher
Os termos jurídicos me mancharam idéias
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Das idéias esparças
É que não me faz sentido
Ou talvez o sentido fuja
Não seja o ideal para o momento
É que é trabalho em grupo
E você não está a par
Você entra e nem sabe jogar
As musicas que tocam
Os barulhos que ficam
As pessoas que falam
Que ficam e não vão
É de se olhar pelo vão
Pelo buraco do não
Para ver o belo ainda feio
É começo-fim e meio
É um saco cheio
De ideias
Ou talvez o sentido fuja
Não seja o ideal para o momento
É que é trabalho em grupo
E você não está a par
Você entra e nem sabe jogar
As musicas que tocam
Os barulhos que ficam
As pessoas que falam
Que ficam e não vão
É de se olhar pelo vão
Pelo buraco do não
Para ver o belo ainda feio
É começo-fim e meio
É um saco cheio
De ideias
domingo, 29 de janeiro de 2012
Eu te amo familia
É da saudades do mar
Ou talvez de você
É da vontade de ficar
Em casa vendo TV
Jogar a vida e papos fora
Em cartas de baralhos
Ou em beijos demorados
É saudades do simples
Do que faz a vida
Do que faz o amor transparecer
O amor que nunca é falado ou festejado
Eu não quero que você se vá
E meu susto foi enorme
Me desculpa se não me preparo para não dar sustos
Tenho que melhorar
É saudades do mar
Do rio
Que a tempos não deslumbro com você
Quero de novo fazer
Talvez seja só o Domingo que acaba em lágrimas
Por que elas não querem te machucar
Eu juro que não
Ou talvez de você
É da vontade de ficar
Em casa vendo TV
Jogar a vida e papos fora
Em cartas de baralhos
Ou em beijos demorados
É saudades do simples
Do que faz a vida
Do que faz o amor transparecer
O amor que nunca é falado ou festejado
Eu não quero que você se vá
E meu susto foi enorme
Me desculpa se não me preparo para não dar sustos
Tenho que melhorar
É saudades do mar
Do rio
Que a tempos não deslumbro com você
Quero de novo fazer
Talvez seja só o Domingo que acaba em lágrimas
Por que elas não querem te machucar
Eu juro que não
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